terça-feira, 24 de maio de 2011

Show - Paul McCartney - Rio de Janeiro - 22/05/2011

Desde o momento que cheguei ao Rio, eu não acreditava que iria ver o show do Paul McCartney, não acreditava que ele tinha realmente voltado para o Brasil. Era tudo muito surreal. Você chega na fila, vê aquela multidão. Nunca havia visto tanta gente reunida. De fato, o show do Paul deve ter lotado o Engenhão mais do que qualquer jogo do Botafogo. Você espera durante horas naquela fila, os portões se abrem. Eu comecei a andar com aquele frio na barriga, subindo aquela rampa de caracol que parecia que não tinha fim, até chegar em meu lugar. Certo, tudo bem, mas agora era uma espera horrível de horas lá dentro, sabendo que o Paul estava lá também. Agoniante.
Finalmente, aquele DJ saiu do palco. E então ele entrou. Todos gritavam, pulavam, choravam, era algo muito emocionante, e tudo parecia fazer sentido quando começou a tocar Hello Goodbye. Foi um belo inicio, você queria dizer "Olá", mas sabia que logo que teria que dizer um "Adeus", infelizmente. Seu setlist era praticamente feito 80% com música dos Beatles. Mas não era só o Paul que era carismático e simpático, mas toda a sua banda, principalmente o baterista, que dançava bizarramente em "Dance Tonight".
Paul tentava falar um português meio “carioquês” e era algo muito engraçado. "Olah carioucax". Gritávamos Paul e ele respondia com "Rio, Rio" de volta. Paul podia soltar um pum, que nós iriamos imitar. Até um cachorro ele reproduziu e nós imitamos de volta.
As músicas em homenagem aos Beatles que já partiram foram lindas,como John que ganhou Here Today, com direito a fotos dele atrás no telão. Contudo, o aperto maior no meu peito foi quando começou a tocar Something, com Paul pegando seu cavaquinho. Comecei a chorar intensamente, e claro que houve fotos de George atrás no telão também. Fica ai, Ringo, quando você morrer também será homenageado no show do Paul. Ob La Di Ob La Da, ele dedicou a nós,pedindo para que cantássemos, mesmo sabendo do fato que havíamos cantado a noite inteira. Houve momentos que você acharia estar em pleno ano novo. No caso de Live and Let Die cheio de fogos de artificio, foi simplesmente maravilhoso. Claro que o ex-beatle fez seu charme, e reclamou do barulho no ouvido devido aos fogos.
Mas sem enrolação, foi tocar o clássico eterno Hey Jude. Era o momento mais esperado. Quando ele chegou no piano, parecia que o mundo havia parado. O público fez cartazes de Na Na Na ilndos e o estádio inteiro gritava NA NA NA NA. Eu me arrepio só de lembrar.
Paul queria ir dormir, mas nós não queriamos, ele sabia que nós queriamos mais rock, e acertou ao começar a tocar Helter Skelter. No final das contas, eu fiquei sem voz, com as pernas doendo ainda e parecendo um zumbi. Mas simplesmente o melhor show que eu já vi.

set list:
1) HELLO GOODBYE
2) JET
3) ALL MY LOVING
4) LETTING GO
5) DRIVE MY CAR
6) SING THE CHANGES
7) LET ME ROLL IT
8) LONG AND WINDING ROAD
9) 1985
10) LET EM IN
11) I´VE JUST SEEN A FACE
12) AND I LOVE HER
13) BLACK BIRD
14) HERE TODAY
15) DANCE TONIGHT
16) MRS VANDEBILT
17) ELEANOR RIGBY
18) SOMETHING
19) BAND ON THE RUN
20) OBLA DI OBLA DA
21) BACK IN THE USSR
22) I GOTTA FEELING
23) PAPERBACK WRITER
24) A DAY IN THE LIFE
25) LET IT BE
26) LIVE AND LET DIE
27) HEY JUDE
28) DAY TRIPPER
29) LADY MADONNA
30) GET BACK
31) YESTERDAY
32) HELTER SKELTER
33) SGT. PEPPER / THE END

4 comentários:

Nem fala cara D:
Aloprei geral no show, voltei para casa sem voz e afins.

O chato foi ver a maioria das pessoa desanimadas, sem cantar e sentadas quase o show inteiro... Minha irmã mesmo só sabiua cantar Live and let die e Let it Be.

Ah, nem estavam desanimados, é que a maioria do pessoal na arquibancada era um pessoal mais de idade, fãs antigos mesmo. Não se pode esperar que essas tias de 40 anos fiquem pulando e cantando no último volume, mesmo que elas estivessem amando o show. E elas estavam. Amando, quero dizer.

O show foi, como era de se esperar, simplesmente maravilhoso!!!! Além dele ser absurdamente simpático, carismático e fofo.
Minha voz ia sumindo em várias músicas de tanto que eu gritava. Até a minha mãe cantou bastante.
Agora é esperar a próxima oportunidade de ver o eterno Beatle.

Foi com toda certeza o melhor show da minha vida! Chorei muito com Something que é minha musica predileta dos Beatles. Ele é, definitivamente, o cara! Chorei, pulei, gritei, sorri...Sem nem perceber o mundo ao redor. Paul, vou sentir saudades.

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